terça-feira, 24 de setembro de 2013

A escolha de "O som ao redor" para representar o Brasil no Oscar 2014



A escolha de O som ao redor para representar o Brasil na disputa por uma vaga entre as produções indicadas a melhor filme estrangeiro no Oscar rompe com um paradigma brasileiro de pensar essencialmente no tipo de filme que deve disputar o Oscar e não necessariamente naquele que merece a chance. Esse raciocínio tenta cristalizar o perfil dos filmes que agradam aos votantes da academia no tocante a produções estrangeiras, polo setorizado da academia em que um colegiado reduzido elege os concorrentes. É uma tarefa ingrata e, como prova o histórico, de cálculo imprevisível. Intocáveis, fita francesa de imenso apelo emocional e redondinho em matéria de cinema era dado como favas contadas na categoria em 2013 e acabou de fora, apesar de ter sido um sucesso clamoroso de público nos EUA. Cidade de DeusTropa de elite e O palhaço foram ótimos filmes brasileiros que conciliaram força narrativa, sobejamento estético, mas erraram no timing. No caso emblemático de Cidade de Deus, houve um posicionamento da Academia que, no ano seguinte a sua candidatura para filme estrangeiro, elevou o filme de Fernando Meirelles de patamar o nomeando a quatro Oscars (direção, roteiro adaptado, montagem e direção de arte). Nenhum outro filme estrangeiro negligenciado teve esse acolhimento a posteriori pela Academia desde então.
A Academia, de maneira geral, está mais atenta à produção internacional. Nem tanto pela vitória de O artista há dois anos, mas pela inclusão em larga escala do austríaco Amor no Oscar passado. Filme denso, “de festival”, Amor era certeza de prêmio entre os estrangeiros desde sempre. É possível identificar paralelos entre o filme de Michael Haneke e o de Kleber Mendonça Filho.
Primeiro por se tratarem de filmes egressos de festivais e com ampla aprovação da crítica internacional. Segundo por apresentarem direções rigorosas em que há controle e perfeccionismo por parte da realização em medida ímpar. Em ambos os filmes, sobriedade e técnica se sobressaltam à emoção. Não se advoga, porém, que O som ao redor receberá da Academia o mesmo frisson que Amor recebeu. Avalia-se, porém, que a escolha do filme encontra ressonância em um olhar mais aberto, experimentado e sensível que a Academia de Hollywood vem dispensando às produções estrangeiras. Em geral mais inventivas, amargas e arrebatadoras do que àquelas que frequentam as principais categorias do Oscar.

Kleber Mendonça Filho orienta seu elenco para uma das cenas capitais de O som ao redor: "a escolha valoriza o filme e o fará ser mais visto", disse o diretor à imprensa depois do anúncio da semana passada

Do lado de dentro
Mais do que qualquer outra coisa, a escolha de O som ao redor pelo Ministério da Cultura (MinC) para tentar esta vaga entre os filmes estrangeiros no Oscar, coloca a crítica como aliada do postulante brasileiro. Vale lembrar que o filme é altamente conceituado no gabarito dos principais críticos americanos. Se há uma categoria em que críticos americanos exercem influência com alguma liberdade é justamente na categoria de filmes estrangeiros.
Por outro lado, há uma questão política implícita na escolha. Com bons postulantes à vaga, alguns até mesmo melhores do que O som ao redor, o MinC privilegiou um filme feito às margens da própria escala de produção do cinema nacional. Sem apoio da indústria (Globo Filmes) ou estatal - pelo menos no viés nacional. Ao indicar um filme independente, no espírito e no financiamento, referenda-se um caminho alternativo e se estimula uma produção divergente da tônica nacional. Novidade muito bem vinda, por sinal.
O som ao redor não é o melhor filme brasileiro do ano, mas é aquele com mais e melhores predicados para um voo tão ardil e cheio de sobressaltos como o Oscar. Sem querer querendo o Brasil fez o de sempre, mas fez, também, diferente.

40 curiosidades do cinema

1. Existe um filme inédito de Star Wars. Em 1978, depois do sucesso do primeiro filme lançado da saga Star Wars, George Lucas Fez um filme para a televisão chamado "Star Wars: Holiday Special". O filme começa com Chewaka viajando a seu planeta natal para passar as festas natalinas em família, esta primeira parte do filme é completamente falada em Wockie, posteriormente aparece o resto dos personagens e a película se converte em um musical. Porem, por parecer ruim, nenhuma televisão quis comprar os direitos de transmissão.

2. Fidel Castro tentou triunfar em Hollywood. Treze anos antes de se tornar líder de Cuba, Castro iniciou uma breve carreira cinematográfica como galã latino, interpretando pequenos papéis em três musicais: Escola de sereias, Bathing beauty e holiday in México.

3. O filme mais longo da história. É "Tratamento contra a insônia", com 87 horas de duração, ou seja, mais de 3 dias e meio. O filme consistia numa única seqüência na qual se via o poeta Lee Groban lendo uma composição de 3.400 paginas. Só foi projetada na íntegra duas vezes e ninguém conseguiu ver o filme todo. Não é considerado um filme comercial, para saber quais os filmes comerciais mais longos, procure nesse blog que você encontra.

4. Sigmund Freud só não foi o roteirista mais bem pago da história porque não quis. Em 1933 um produtor lhe ofereceu um cheque em branco para que lhe contasse as psicopatias de seus pacientes, com a idéia de que nelas podiam ter escondidas muitas boas histórias. Porem, Freud recusou por que lhe pareceu pouco ético.

5. A atriz mais assassinada. A francesa Paula Maxa, especializada em papéis de vítima no cinema mudo foi assassinada em toda sua carreira um total de 358 vezes, muitas delas de forma horrível. Em alguns filmes chegou a fazer mais de um papel com o intuito de ser assassinada várias vezes.


6. Inchon: O único filme produzido por mandato divino. O reverendo Sun Myang Moon fundador da seita Moon, sofreu um ataque de choro e tristeza que só se deteve ao entrar num cinema de Seul. Ele interpretou o fato como um sinal divino e investiu 104 milhões de dólares na produção de um filme sobre a guerra da Coréia. O filme foi um dos maiores fracassos comerciais da história do cinema, só arrecadou dois milhões de dólares.

7. Alguns gangsters foram grandes cinéfilos. Al Capone foi ao cinema ver Scarface - A Vergonha de uma Nação (Howard Hawks, 1932) várias vezes. E John Dillinger foi morto a tiros pelo FBI quando saia de uma sala de cinema.

8. Gorilas jogadores. No primeiro filme do Tarzan os gorilas eram na realidade uma equipe de futebol americano disfarçado para a ocasião, o Santa Mônica Football Clube.

9. O filme com mais palavrões. "Scarface" (Brian De Palma, 1983), remake do filme de 1932 realizado por Howard Hughes, é o filme com mais palavrões, um total de 203, uma média de um palavrão a cada 29 segundos. Frases como "Fuck you, son of a bitch" foram bem comuns no filme.

10. Parcerias estranhas. O filme Alien vs Predator traz à lembrança um gênero meio esquecido, o Crossover, que consiste em juntar dois mitos numa mesma história. O crossover já teve casais como Drácula vs Frankenstein, Drácula vs Billy the Kid e até Bruce Lee vs Emmanuelle, onde não aparecia nem o Bruce Lee e nem a Sylvia Kristel e que misturava artes marciais com pornochanchada.

11. O primeiro filme falado. Foi o filme "O cantor de Jaz", de 1927. A parte falada do filme constava de apenas três cenas que não passavam de 10 minutos, naquele tempo os produtores acreditavam que ninguém poderia agüentar um filme com mais de uma hora de diálogo.

12. Cinema que cheira. O único filme com cheiro produzido na história foi "Perfume de mistério", de 1959, estrelado por Peter Lorre e Denholm Elliott. Nos cinemas onde era exibido, um mecanismo controlado pelo projecionista exalava os odores correspondentes às cenas mostradas na tela.

13. Poltronas que vibram e choques. O cinema sempre procura novas formas de atrair o público, uma das mais polêmicas foi o Sensurround, estreado no filme "Terremoto" que fazia vibrar as poltronas do cinema simulando um tremor. Pior ainda foi o Tingler, que soltava descargas elétricas no espectador durante a projeção de 13 "Fantasmas".

14. Cinema Negro. Na Hollywood dos anos 70 nasceu à moda da Blaxploitations, filmes protagonizadas inteiramente por atores de raça negra. Teve um drácula negro, uma lolita negra e inclusive uma versão do Mágico de Oz na qual estreava um certo menino chamado Michael Jackson.

15. O filme mais caro. É a versão russa de Guerra e Paz dirigida por Sergei Bondarchuck em 1968. Calculando o custo da inflação, o filme precisou de um investimento de 560 milhões de euros.

16. O ator que mais papéis interpretou em um mesmo filme. Se você acha que foi Eddy Murphy, está enganado. Foi o britânico Rolf Leslie, que fez 27 personagens diferentes em "Sisty years of a Queen". O segundo que mais personagens interpretou foi o espanhol Paul Naschy, com doze papéis em "Aullido do diabo”

17. Os batizados. Os mormons produziram o filme "Plano nove desde o espaço exterior", do diretor Ed Wood, com a condição de que a toda a equipe do filme, inclusive atores, fossem batizados.

18. Francis Ford Copola. Começou sua carreira sob um pseudônimo dirigindo "Nudies", filmes eróticos. O mais famoso é "O bordel da montanha" onde Drácula, Frankenstein e o Homem lobo exercem seus poderes num prostíbulo.

19. Ganhos das salas de cinema. Nem só de ingressos vivem os cinemas. Pipocas, refrescos e demais guloseimas produzem em média 45% de seus rendimentos.

20. Hollywood. Fundada em 1877, teve seu nome tirado da fazenda da família Wilcox, que habitava a região. Foi transformada em cidade em 1903 e em 1910, com 4.000 habitantes, era anexada a Los Angeles.

21. A Sétima Arte. A expressão "sétima arte", foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto, se referindo ao cinema.

22. Os primeiros cinemas do mundo. Os dois primeiros cinemas do mundo foram abertos nos Estados Unidos. Em outubro de 1895 era inaugurado o Atlanta, em Atlanta, na Geórgia. E em abril de 1902, Los Angeles inaugurou o Electric Theatre.

23. O filme mais visto nos cinemas. Não, não é Avatar. E o Vento Levou (Victor Fleming, 1939), foi o filme mais visto em todo o mundo: mais de 200 milhões de pessoas assistiram à história de amor protagonizada por Clark Gable e Vivian Leigh. O filme nem chega perto de ser uma das maiores bilheterias do cinema, pois na época o ingresso era muito mais barato do que é hoje.

24. Maior número de figurantes. O filme que usou maior número de figurantes em toda a história do cinema foi Gandhi, 1982, de Richard Attenborough: mais de 300.000.

25. John Wayne. O verdadeiro nome de John Wayne (1907-1979) era Marion Michael Momson. Entre 1927 e 1976, o ator estrelou exatos 153 filmes - 142 dos quais fazia o principal papel.

26. Maior número de beijos. O filme que teve mais beijos em toda a história do cinema foi Don Juan (dirigido por Alan Crosland, em 1926). Durante uma hora e cinqüenta e um minutos de duração da história, os atores John Barrimore, Mary Astor e Estelle Taylor beijavam-se 127 vezes.

27. Letreiro de Hollywood. O enorme letreiro contendo a palavra Hollywood, um dos mais importantes cartões-postais da cidade começou a ser erguido em 1923. Inicialmente, foi colocada a palavra Hollywoodland, o nome de um loteamento que se instalaria nas imediações. Com a o tempo, ficou apenas Hollywood.

28. Charles Chaplin. O gênio do cinema mudo ganhava nos tempos da Keystone apenas 175 dólares por semana. Insatisfeito, trocou, em 1915, de estúdio e foi para a Essanay, onde passou a receber 1.250 dólares semanais, mais bônus. Um ano depois, já na Mutual, passou a ter um salário semanal de 10.000 dólares que, com os bônus, podia chegar a 150.000 dólares mensais. Uma fortuna na época.

29. Charles Chaplin (2). Chaplin resistiu bravamente ao cinema falado e, apenas treze anos depois de seu surgimento, o cineasta deu voz a seus personagens em O Grande Ditador, de 1940.

30. Uns engordam, outros emagrecem. O ator Vicent D’Onofrio teve que engordar 31,7 quilos para fazer o filme “Nascido para matar” de 1987. Já o ator Tom Hanks teve que emagrecer 10 quilos para fazer o filme Filadélfia de 1993.

31. Previsões que dão certo. No filme "De volta para o Futuro 2" aparece no Livro dos Recordes que em 1997 o time da Flórida ganharia o campeonato "World Series". Na época em que o filme foi feito (nos anos 80), a Flórida nem sequer tinha um time, mas no dia 26 de Outubro de 1997 ela foi à campeã do World Series, exatamente como dizia o Livro.

32. Não era pra entender. O filme 2001 uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick, foi feito para ser dificilmente entendido de propósito. Arthur C. Clarke, escritor do livro e colaborador do roteiro disse certa vez: "Se você entender 2001 completamente, nós falhamos. Nós queremos levantar mais questões do que respostas."

33. Quanto trabalho. A produção do épico francês "Napoleón" (1927), de Abel Gance, consumiu três anos de filmagens, exigiu locações em seis cidades, 150 cenários, 200 técnicos, quatro mil armas de fogo, seis mil atores extras, oito mil figurinos e teve dois mortos e 42 feridos em cenas perigosas

34. Um filho da idade da mãe. No filme "Intriga Internacional" (Alfred Hitchcock, 1959), o ator Cary Grant, que na vida real estava com 55 anos, fazia o papel de filho da personagem de Jessie Royce Landis, atriz que estava com exatamente 55 anos.

35. Anões na pista. Em "Casablanca", na seqüência em que o major Strasser desembarca no aeroporto, os oficiais vistos de cima foram interpretados por anões, para que a pista parecesse maior.

36. O primeiro filme inteiramente rodado a cores. Foi "Becky Sharp", de Rouben Mamoulian, produzido pela RKO em 1935. Os técnicos utilizaram o sistema Technicolor, testado por vários estúdios desde a década de 20. Curiosamente a RKO poucas vezes utilizou o colorido em suas produções posteriores. A supremacia no uso da cor caberia por muitas décadas à 20th Century Fox, que rapidamente desenvolveu e aperfeiçoou o processo.

37. A primeira projeção pública de um filme. Aconteceu em 22 de março de 1895, quando os irmãos Auguste e Louis Lumière apresentaram "A saída dos operários da fabrica Lumière" a um público convidado para o evento, em Paris. A primeira exibição comercial de filmes, porém, foi feita por eles em 28 de dezembro do mesmo ano, no Grand Café do Boulevard des Capucines, também em Paris. O preço da entrada foi de um franco por pessoa.

38. O país que mais faz filmes no mundo. A maior indústria cinematográfica do mundo pertence à Índia. O País produz uma média de 700 filmes todos os anos. Só para se ter uma idéia, Hollywood produz de 300 a 400 filmes por ano. A Índia conta com dois milhões de pessoas trabalhando nessa indústria, que atrai 70 milhões de espectadores por semana.

39. Nudez adolescente. No filme Beleza Americana, Thora Birch tinha apenas 17 anos, portanto filmá-la nua requeria a autorização de seus pais, que estavam presentes no set.

40. Um morto que faz filme. O filme Capitão Sky e o Mundo de Amanhã, de 2004, conta com Laurence Olivier no elenco. Porem o ator faleceu em 1989. Para conseguir isso, o diretor Kerry Conran utilizou imagens de arquivo do ator e fez uma edição de forma que Oliver pudesse "atuar" como o vilão Dr. Totenkopf.

Os 5 filmes mais longos da história do cinema

Caro leitor, se você espera encontrar nessa lista filmes como Ben-Hur e E o vento levou, está muito enganado. As quase 4 horas de E o vento levou, por exemplo, estão longe de qualquer filme dessa lista, todos com mais de 9 horas de duração. Isso porque considerei apenas filmes comerciais, deixando de fora títulos como “Cinématon”, filme experimental que tem 152 horas de duração (mais de seis dias, sem interrupção). Essa obra foi feita pelo francês Gérard Courant, que levou mais de 30 anos para concluí-la. Voltando a essa lista, prepare muita pipoca, pois você vai levar muito tempo para assistir esses filmes. 



5º  Evolução de uma Família Filipina (2004). Duração: 593 minutos (9 horas e 53 minutos). Dirigido pelo filipino Lav Diaz, que têm outros filmes com mais de 9 horas de duração, esse filme mostra os problemas de uma família de agricultores pobres, na época em que o país teve Ferdinando Marcos como presidente. Essa obra foi exibida em Junho na mostra ”Descobrindo o Cinema Filipino”, em São Paulo. 



4º  Como Yukong Moveu as Montanhas (1976 ). Duração: 763 minutos (12 horas e 43 minutos). Produzido pelos holandeses Joris Ivens e Marceline Loridan Ivens, o filme mostra a vida das pessoas comuns no fim da revolução cultural chinesa, liderada por Mao Tsé-tung. A obra foi feita a partir de um convite feito pelo primeiro-ministro chinês Zhou En-Lai.



3º  Out 1 - Não me Toque (1971). Duração: 773 minutos (12 horas e 53 minutos). Dirigido pelo francês Jacques Rivette, e tendo no elenco nomes como Jean-Pierre Léaud e Michel Lonsdal, fala sobre dois grupos de teatro franceses após a greve geral de 68. O filme foi reeditado mais tarde para uma versão bem mais curta, com “apenas” 4 horas, chamada “Out 1: O Espectro”.



2º  Resan – A Jornada (1987). Duração: 873 minutos (14 horas e 33 minutos). Documentário dirigido pelo inglês Peter Watkins, gravado entre 1983 e 1985 em diversos países, como União Soviética, Japão, Suécia, México, Nova Zelândia e Moçambique. O filme é basicamente uma série de entrevistas realizadas com pessoas comuns, abordando temas como armas nucleares, gastos militares, meios de comunicação e pobreza.



1º  Berlin Alexanderplatz (1980). Duração: 931 minutos (15 horas e 31 minutos). Enfim chegamos ao filme comercial mais longo de todos os tempos. Dirigido por Rainer Werner Fassbinder, e tendo no elenco atores como Barbara Sukowa e Hanna Schygulla, esse filme é uma adaptação do romance do escritor expressionista alemão Alfred Bruno Döblin. O filme mostra a Alemanha da década de 20, no olhar de um ex-presidiário que acaba de ganhar a liberdade. Sem conseguir emprego, ele vaga bêbado pela cidade de Berlin. Essa obra chegou a ser exibida nos EUA, com intervalo e 2 horas. Mais tarde, foi dividido em 14 partes para a TV.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Breve histórico do cinema brasileiro

VIVA O CINEMA BRASILEIRO! 

O COMEÇO...

Caso alguém pergunte, num futuro distante, qual terá sido o meio de expressão de maior impacto da era moderna, a resposta será quase unânime: o cinematógrafo. Inventado em 1895 pelos irmãos Lumière para fins científicos, o cinema revelou-se peça fundamental do imaginário coletivo do século XX, seja como fonte de entretenimento ou de divulgação cultural de todos os povos do globo.
 

Desde cedo, o cinematógrafo aporta no Brasil com Affonso Segretto. Segretto, imigrante italiano que filmou cenas do porto do Rio de Janeiro, torna-se nosso primeiro cineasta em 1898. Um imenso mercado de entretenimento é montado em torno da capital federal no início do século XX, quando centenas de pequenos filmes são produzidos e exibidos para platéias urbanas que, em franco crescimento, demandam lazer e diversão.
 

Nos anos 30, inicia-se a era do cinema falado. Já então, o pioneiro cinema nacional concorre com o forte esquema de distribuição norte-americano, numa disputa que se estende até os nossos dias. Dessa época, destacam-se o mineiro Humberto Mauro, autor de “Ganga Bruta” (1933) - filme que mostra uma crescente sofisticação da linguagem cinematográfica – e as “chanchadas” (comédias musicais com populares cantores do rádio e atrizes do teatro de revista) do estúdio Cinédia. Filmes como “Alô, Alô Brasil” (1935) e “Alô, Alô Carnaval” (1936) caem no gosto popular e revelam mitos do cinema brasileiro, como a cantora Carmen Miranda (símbolo da brejeirice brasileira que, curiosamente, nasceu em Portugal). A criação do estúdio Vera Cruz, no final da década de 40, representa o desejo de diretores que, influenciados pelo requinte das produções estrangeiras, procuravam realizar um tipo de cinema mais sofisticado. Mesmo que o estúdio tenha falido já em 1954, conhece momentos de glória, quando o filme “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, ganha o prêmio de “melhor filme de aventura” no Festival de Cannes.
 

A reação ao cinema da Vera Cruz representa o movimento que divulga o cinema nacional conhecido para o mundo inteiro: o Cinema Novo. No início da década de 60, um grupo de jovens cineastas começa a realizar uma série de filmes imbuídos de forte temática social. Entre eles está Gláuber Rocha, cineasta baiano e símbolo do Cinema Novo. Diretor de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968), Rocha torna-se uma figura conhecida no meio cultural brasileiro, redigindo manifestos e artigos na imprensa, rejeitando o cinema popular das chanchadas e defendendo uma arte revolucionária que promovesse verdadeira transformação social e política. Inspirados por Nelson Pereira dos Santos (que, já em 1955, dirigira “Rio, 40 Graus” sob influência do movimento neo-realista, e que realizaria o clássico “Vidas Secas” em 1964) e pela Nouvelle Vague francesa, diretores como Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Ruy Guerra participam dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, ganhando notoriedade e admiração.
 

As décadas seguintes revelam-se a época de ouro do cinema brasileiro. Mesmo após o golpe militar de 1964, que instala o regime autoritário no Brasil, os realizadores do Cinema Novo e uma nova geração de cineastas – conhecida como o “údigrudi”, termo irônico derivado do “underground” norte-americano – continuam a fazer obras críticas da realidade, ainda que usando metáforas para burlar a censura dos governos militares. Dessa época, destacam-se o próprio Gláuber Rocha, com “Terra em Transe” (1968), Rogério Sganzerla, diretor de “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) e Júlio Bressane, este dono de um estilo personalíssimo. Ao mesmo tempo, o público reencontra-se com o cinema, com o sucesso das comédias leves conhecidas como “pornochanchadas”.
 

A fim de organizar o mercado cinematográfico e angariar simpatia para o regime, o governo Geisel cria, em 1974, a estatal Embrafilme, que teria papel preponderante no cinema brasileiro até sua extinção em 1990. Dessa época datam alguns dos maiores sucessos de público e crítica da produção nacional, como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto e “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980), de Hector Babenco, levando milhões de brasileiros ao cinema com comédias leves ou filmes de temática política. O fim do regime militar e da censura, em 1985, aumenta a liberdade de expressão e indica novos caminhos para o cinema brasileiro.
 

Essa perspectiva, no entanto, é interrompida com o fim da Embrafilme, em 1990. O governo Collor segue políticas neoliberais de extinção de empresas estatais e abre o mercado de forma descontrolada aos filmes estrangeiros, norte-americanos em quase sua totalidade. A produção nacional, dependente da Embrafilme, entra em colapso, e pouquíssimos longas-metragens nacionais são realizados e exibidos nos anos seguintes.
 

Após o cataclisma do início dos anos 90, o sistema se reergue gradualmente. A criação de novos mecanismos financiamento da produção por meio de renúncia fiscal (Leis de Incentivo), juntamente com o surgimento de novas instâncias governamentais de apoio ao cinema, auxilia a reorganizar a produção e proporciona instrumentos para que realizadores possam competir, mesmo de modo desigual, com as produções milionárias das majors norte-americanas. Esse período é conhecida como a “Retomada” do cinema brasileiro. Em pouco tempo, três filmes são indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995), “O Que é Isso, Companheiro” (1997) e “Central do Brasil” (1998), também vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim. Nomes como Walter Salles, diretor de “Terra Estrangeira” (1993) e “Central do Brasil” e Carla Camuratti, diretora de “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (1995) tornam-se nomes conhecidos do grande público, atraindo milhões de espectadores para as salas de exibição.
 

Cem anos após os irmãos Lumière, o cinema brasileiro reivindica seu papel na história da maior arte do século XX para apresentar, neste catálogo, sua contribuição para o futuro do medium.
 

Confira agora uma lista com os melhores filmes brasileiros, pertencentes a vários períodos do cinema nacional

1- Assalto ao Trem Pagador – 1962

O Assalto ao Trem Pagador PosterEste filme, dirigido por Roberto Farias, foi baseado em fatos reais. Meia dúzia de criminosos atacou e assaltou o trem pagador da Central do Brasil na década de 60, no Rio de Janeiro. O caso só foi solucionado um ano depois do ocorrido e causou espanto, visto que a polícia suspeitava que o crime havia sido executado por criminosos internacionais.
No filme, um inteligente criminoso carioca chamado Grilo (interpretado por Reginaldo Faria) convence alguns bandidos da favela Japeri a assaltarem o trem de pagamentos da Central do Brasil. Enquanto que Grilo é um pertencente da elite, branco e de olhos azuis, que dirige carros de luxo e compra as roupas mais caras, os outros criminosos são pobres e negros. Os assaltantes conseguem roubar 27 milhões de cruzeiros e combinam de não gastar o dinheiro em menos de um ano, o que levantaria suspeitas. No entanto, Grilo gasta mais do que devia para ostentar riqueza e ainda humilha seus companheiros por considera-los inferiores. Tião Medonho, o chefe do bando da favela, não perdoa e estoura os miolos de Grilo.

Em apenas três semanas de exibição, somente no Rio de Janeiro, 400.000 pessoas foram assistir o filme nos cinemas. A produção cinematográfica conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais.

 

2- Vidas Secas – 1963

Vidas Secas PosterEste é um dos mais importantes filmes brasileiros, pois é o único representante nacional da lista redigida pelo British Film Institute, que indicou as 360 obras fundamentais em uma cinemateca.

Vidas Secas participou também do Festival de Cannes e foi indicado à Palma de Ouro.

O filme, dirigido por Nelson Pereira dos Santos, é baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos.

Uma família de retirantes formada pelo pai Fabiano, pela mãe Sinhá Vitória, e pelos filhos mais novo e mais velho, além da cachorra Baleia, atravessa o sertão nordestino em busca da sobrevivência.

 


3- Deus e o Diabo na Terra do Sol – 1964

Deus e o Diabo na Terra do SolEsta obra representou um marco do Cinema Novo. Dirigido por Glauber Rocha, o filme conta a história do vaqueiro Manuel, que se revolta com a exploração que sofre por parte do coronel Morais e decide mata-lo. Tal ação faz com que ele e sua mulher, Rosa, sejam perseguidos por jagunços.

O casal só consegue escapar quando decide seguir o beato Sebastião. Mas um novo empecilho surge na vida dos dois. É que o matador de aluguel Antônio das Mortes, a mando da Igreja Católica, deve exterminar os seguidores de Sebastião. Para escapar da morte, Rosa e Manuel continuam a fugir até se encontrarem com Corisco, cangaceiro que era companheiro de Lampião.

O filme conquistou importantes prêmios em festivais nacionais e internacionais e foi indicado à Palma de Ouro.

4- São Paulo S.A – 1965


São Paulo SA PosterDirigido por Sérgio Person, o filme conta a história de Carlos (interpretado por Walmor Chagas), um jovem pertencente à classe média paulistana que começa a trabalhar em uma grande empresa do setor automobilístico.

Depois de algum tempo, em um novo emprego no qual assume o cargo de gerente, ele sustenta a família e ganha bem, apesar disto, vive insatisfeito. Só lhe resta fugir para tentar encontrar algo que o faça feliz. Logo Carlos percebe que a ideia foi péssima, visto que ele nutre verdadeira paixão pela cidade de São Paulo e não poderia ser feliz vivendo em outro lugar.

O filme foi agraciado com vários prêmios nacionais e internacionais, inclusive o Prêmio do Público na Primeira Mostra do Novo Cinema de Pesaro, na Itália. A película é considerada uma das únicas representantes paulistanas pertencentes ao Cinema Novo.

5- Terra em Transe – 1967

Terra em Transe PosterGlauber Rocha sempre foi um diretor polêmico e suas obras sempre estiveram recheadas de críticas. Com Terra em Transe não foi diferente.

O filme foi lançado em uma época tumultuada da política brasileira, e como na película são retratados, intencionalmente, personagens das diferentes tendências políticas existentes no Brasil no momento, ela recebeu duras críticas e foi muito mal recebida pelos intelectuais.

Na obra, o senador Porfírio Diniz pretende governar o fictício país Eldorado. No entanto, um jornalista idealista, um político populista e o dono de um império da comunicação irão atrapalhar seus planos.

Apesar de ter sido mal recebido pela crítica, o filme conquistou prêmios importantes no exterior, além de vencer em diversas categorias em um festival brasileiro e no Prêmio Governo do Estado de São Paulo.

6- O Bandido da Luz Vermelha - 1968

O Bandido da Luz Vermelha PosterEste filme é considerado o maior representante do cinema marginal brasileiro. Rogério Sganzerla, roteirista e diretor, tinha apenas vinte e dois anos de idade quando lançou a obra.

O filme é baseado na história real de João Acácio Pereira da Costa, mais conhecido como o Bandido da Luz Vermelha, apelido que recebeu da imprensa sensacionalista.

O assaltante dá dor de cabeça aos policiais em função de seu comportamento fora do padrão. Ele assalta diversas casas luxuosas de São Paulo sempre com o auxílio de uma lanterna com luz vermelha. Seus crimes sempre ocorriam da mesma forma: ele entrava nas casas, possuía as vítimas, conversava longamente com cada uma delas e depois gastava o dinheiro roubado de forma extravagante.

Em determinado momento ele se encontra encurralado e decide então encerrar sua carreira de criminoso ao cometer suicídio.

7- Cabra Marcado para Morrer – 1984

Cabra Marcado Para Morrer PosterEste filme é considerado pelos críticos o melhor documentário brasileiro. A princípio, Eduardo Coutinho, o diretor, queria fazer um filme de ficção para contar a história de João Teixeira, um líder camponês paraibano assassinado em 1962.

O Golpe Militar, no entanto, o obriga a mudar seus planos e o filme precisa ser interrompido. Coutinho só o retoma dezessete anos depois e decide transformá-lo em documentário. Para tanto, vai atrás dos camponeses, da viúva de João, Elizabeth, e de seus dez filhos para colher depoimentos. O resultado é uma obra que conta a trajetória dos personagens que recordam, com tristeza, o drama de uma família de camponeses durante a tumultuada época da ditadura militar.

 

8- Central do Brasil – 1998

Central do Brasil PosterEste é um dos filmes brasileiros mais premiados. Só para se ter uma ideia, Central do Brasil conquistou o prêmio de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, levou para casa um Urso de Ouro, em Berlim e Fernanda Montenegro, a protagonista do filme, conquistou um Urso de Prata. O filme foi agraciado ainda com outros dezessete prêmios em importantes festivais e premiações nacionais e internacionais.

Walter Salles levou para as telas a história de Dora (interpretada por Fernanda Montenegro), uma mulher que escreve cartas para os analfabetos na Central do Brasil. Uma destas mulheres que não sabe ler e escrever é Ana, que junto com seu filho Josué precisa de ajuda para escrever uma carta. Na saída da estação Ana é atropelada e morre. Contrariada, Dora resolve acolher o menino de apenas nove anos e o ajuda a encontrar o pai que ele nunca conheceu, no interior do Nordeste.

9- Cidade de Deus – 2002


Cidade de Deus PosterFernando Meirelles adaptou o filme para as telas de cinema a partir do livro homônimo, escrito por Paulo Lins.

O personagem principal do filme, de acordo com seus produtores, é a favela que dá nome à obra. Para que os espectadores conheçam a história do lugar, são contadas as histórias dos moradores da favela, todas narradas sob o ponto de vista do menino Buscapé. Ele acredita que se tornará um bandido, assim como as pessoas que vivem à sua volta. O talento que possui para a fotografia, no entanto, acaba transformando sua vida e ele consegue se libertar do ambiente em que vive, impregnado de crime e violência.

Muitos dos atores do filme eram realmente moradores da favela. O filme recebeu quatro indicações ao Oscar e participou da seleção oficial do Festival de Cannes.

10- Tropa de Elite 1 2 – 2007 e 2010


Tropa de Elite 2 PosterEm Tropa de Elite, Wagner Moura encarna o Capitão Nascimento, chefe do Bope que precisa encontrar um substituto, já que seu filho está prestes a nascer. Em uma ocorrência em um baile funk ele se vê diante dos aspirantes da polícia militar, Neto e Matias. Os dois são bastante honestos e decidem frequentar o curso de formação de oficiais da Tropa de Elite. Ambos são aprovados e Nascimento acredita que finalmente encontrou alguém para substituí-lo, para que ele possa, finalmente, deixar de ir aos morros e atuar em um cargo administrativo.

Em Tropa de Elite 2, Nascimento aparece mais velho e passa a ocupar o cargo de comandante geral do Bope. Em seguida ele é nomeado Sub Secretário de Inteligência e começa a perceber que seus inimigos não são apenas os traficantes e os usuários de drogas, mas também os políticos com interesses eleitoreiros e os policiais pertencentes às milícias.

O primeiro Tropa de Elite levou para casa o Urso de Ouro no Festival de Berlim enquanto que a sequência de Tropa de Elite contabilizou 11 milhões de espectadores, o que fez com que o filme se tornasse a obra nacional mais vista.

11- Bicho de Sete Cabeças – 2001


Bicho de Sete Cabeças PosterEste foi o primeiro longa dirigido por Laís Bodansky e foi muito bem recebido pela crítica e pelo público quando estreou nos cinemas. O filme também conquistou diversos prêmios em importantes festivais brasileiros.

Neto (interpretado por Rodrigo Santoro) vive uma vida comum, de certa forma, e não se relaciona muito bem com o pai, que não entende certas atitudes tomadas por ele. Certo dia, Wilson (Othon Bastos), o pai de Neto, encontra no bolso do casaco do filho um cigarro de maconha. Tal descoberta vira uma tempestade em um copo d’água e, aconselhado por especialistas, resolve internar o filho em um manicômio. Por lá Neto vai experimentar as mais degradantes situações a que são expostos os pacientes do local e vai perceber, ao longo do período em que fica internado, que os pacientes da instituição vão sendo devorados por um sistema corrupto e vão ficando sequelados ao longo do tempo.

12- Linha de Passe – 2008


Linha de Passe PosterO filme se passa em uma periferia de São Paulo e conta a história de uma família humilde, formada por uma mãe, que sempre criou os filhos sozinha, e quatro irmãos.
Cleuza é empregada doméstica, tem quarenta e dois anos de idade e está grávida do quinto filho, de pai desconhecido. Reginaldo, o filho caçula, não tira da cabeça a ideia de encontrar o pai que nunca conheceu. Dinho viveu um passado obscuro e decide mergulhar de cabeça na religião. Dênis, o filho mais velho, já é pai de uma criança e tem que se virar para dar conta do emprego como motoboy, além de ajudar nas despesas do filho. Por fim, Dário, com dezoito anos, sonha em se tornar um jogador de futebol profissional. No entanto, a idade parece ser um empecilho. A falta de uma figura paterna para os garotos e a paixão pelo futebol permeiam a história.
O filme, dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas, foi aplaudido durante nove minutos no Festival de Cannes. Sandra Corveloni, intérprete de Cleuza, ganhou o prêmio de melhor atriz no mesmo festival.

13- O Auto da Compadecida – 2000


O Auto da Compadecida PosterGuel Arraes e Adriana Falcão foram os responsáveis por adaptar a obra homônima de Ariano Suassuna e transferi-la das páginas dos livros para as telas de cinema.

No filme, que se passa no sertão nordestino, João Grilo e Chicó andam pelas ruas aprontando todas em busca de algum dinheiro. Lá pelas tantas eles tem a ideia de roubar uma porca de barro cheia de dinheiro, que pode parar nas mãos de Chicó caso ele se case com a jovem Rosinha. Os planos vão por água abaixo quando João Grilo morre.

Todos os mortos se reencontram no juízo final, quando serão julgados por um Jesus negro e pelo diabo (interpretado por Luís Melo). Mas quem dará a martelada final e decidirá o destino de todos é Nossa Senhora, a Compadecida (interpretada por Fernanda Montenegro).

14- Orfeu – 1999


Orfeu PosterCacá Diegues foi buscar inspiração na mitologia grega para levar este filme aos cinemas.

O enredo é baseado na história de amor entre Orfeu, o mais talentoso músico da mitologia, e Eurídice, por quem ele se apaixona e por ela vai até o inferno.

Ambientado em uma favela carioca, o filme ganha um ar mais brasileiro com Orfeu (interpretado por Toni Garrido) representado por um talentoso compositor de uma escola de samba e Eurídice (Patrícia França), a nova moradora do local em que o protagonista vive.

Os dois se apaixonam perdidamente quando se conhecem, mas o chefe do tráfico local tentará impedir que a história de amor tenha um final feliz.

15- Dois Filhos de Francisco – 2005


2 Filhos de Francisco PosterEste filme simplesmente estourou quando estreou nos cinemas, afinal, poucas duplas sertanejas são tão conhecidas e fazem tanto sucesso no Brasil como Zezé di Camargo e Luciano. Os críticos apontam que a produção superou as expectativas e foi o melhor filme brasileiro daquele ano, inclusive sendo indicado para representar o Brasil na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar.

O filme não funciona como uma biografia da dupla, mas se volta para a história da família e a trajetória percorrida pelos irmãos até conquistarem a fama e o carinho do povo brasileiro.

Francisco (interpretado por Ângelo Antônio) é um humilde lavrador do interior de Goiás que sonha em transformar dois de seus nove filhos em uma dupla sertaneja de sucesso. Ele acredita inicialmente que Mirosmar, que aprende a tocar acordeão, e Emival, que toca violão, transformarão seus sonhos em realidade. No entanto, um grave acidente faz com que os planos tenham que ser interrompidos. Mirosmar quase perde as esperanças, mas insiste em levar a carreira de cantor adiante. Ele até grava um disco solo, já usando o nome artístico de Zezé di Camargo, que não faz sucesso. É então que ele decide se unir com seu irmão Welson, agora Luciano, que se torna a peça que faltava no quebra cabeça.

16- Se Eu Fosse Você – 2005



Esta comédia estrelada por Tony Ramos e Glória Pires, com direção de Daniel Filho, foi o filme mais visto de 2005.

Praticamente 4 milhões de pessoas foram aos cinemas assistir as aventuras de Cláudio (interpretado por Tony Ramos) um publicitário casado com Helena (Glória Pires). Eles vivem tranquilamente uma rotina de casal que está junto há muito tempo, com brigas freqüentes fazendo parte do dia-a-dia. Uma destas brigas sem importância, no entanto, faz com que magicamente os dois troquem de corpos. Tal situação fará com que cada um perceba a vida de uma maneira diferente, visto que estarão enfrentando as situações sob o ponto de vista do outro.

Tony Ramos e Glória Pires estão impagáveis em seus papéis quando atuam nas cenas em que estão vivendo em corpos trocados. Tais sequências, inclusive, são alguns dos pontos altos do filme e garantem boas gargalhadas.